sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Lado Escuro Do Papel

Por Reação Ambiental


Olá @migos!
Vocês sabiam que o papel esta na lista produtos de maior impacto ambiental?
Vejam isso:
Para se produzir uma arvore são necessários 16 anos;
Uma arvore produz em media 12 mil folhas.;
220 folhas pesam 1 Kg;
1 folha consome 0,045 KW de energia e 0,45 litros de água.
Em alguns paises o consumo de papel pode chegar a 300 kg per capita ao ano (segundo dados do IDEC)
Bem, convido você a continuar lendo esta interessante matéria para entender de forma mais clara o que desejo dizer sobre o lado escuro do papel.
É difícil acreditar que uma simples folha de papel em sua trajetória da matéria-prima ao descarte final cause tantos problemas pelo caminho. Os impactos da produção já são conhecidos, e tão desastrosos que há anos a Europa tratou de “terceirizar” o setor. É claro, para os países em desenvolvimento, onde a fragilidade das leis ambientais, a carência por postos de trabalho e a necessidade de gerar divisas acenaram com boas-vindas.
Para produzir 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande quantidade de água (mais do que qualquer outra atividade industrial), e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia). Em varios estágios de fabricação do papel existem produtos químicos altamente tóxicos tanto para o homem quanto para a natureza.
O alto consumo de papel e seus métodos de produção insustentáveis endossam o rol das atividades humanas mais prejudiciais ao planeta. E na esteira do consumo, cresce também o volume de lixo, que é outro sério problema em todos os centros urbanos.
Para contornar a situação, algumas saídas têm sido apontadas, como a utilização de madeira de reflorestamento, para frear a derrubada nas poucas áreas remanescentes de matas nativas, a redução do emprego de cloro nos processos de fabricação e a reciclagem do papel. Porém mesmo com essas medidas, e ao contrário do que as indústrias procuram estampar nos rótulos de seus produtos, ainda estamos muito longe de alcançar uma produção limpa e sustentável.Atualmente 100% da produção de papel e celulose no Brasil emprega matéria-prima de áreas de reflorestamento, principalmente de eucalipto (65%) e pinus (31%). Mas nem por isso podemos ficar tranqüilos. Segundo a consultora de meio ambiente do Idec, Lisa Gunn, utilizar madeira de área reflorestada é sempre melhor do que derrubar matas nativas, mas isso não quer dizer que o meio ambiente está protegido. “Quando o reflorestamento é feito nos moldes de uma monocultura em grande extensão de terras, não é sustentável porque causa impactos sociais e ambientais, como pouca oferta de empregos e perda de biodiversidade.”De acordo com algumas pesquisas científicas, a monocultura do eucalipto, por exemplo, consome tanta água que pode afetar significativamente os recursos hídricos.
Segundo Daniela Meirelles Dias de Carvalho, geógrafa e técnica da Fase, uma organização não-governamental que atua na área sócio-ambiental, a indústria de celulose chegou ao Espírito Santo na década de 1960, quando se iniciou um rápido processo de devastação da Mata Atlântica a estinção de alguns rios e a expulsão de comunidades rurais. “A empresa Aracruz Celulose invadiu áreas indígenas em processo de demarcação e expulsou índios tupiniquins e guaranis de 40 aldeias. No norte do estado, a empresa ocupou terras quilombolas, expulsando cerca de 10 mil famílias”, afirma. De acordo com a Fase, atualmente restam apenas seis aldeias indígenas, que reivindicam 10.500 hectares indevidamente apropriados pela empresa, e 1.500 famílias quilombolas.Depois da Aracruz, vieram outras empresas para a região, como a Suzano e a Bahia Sul, que, segundo a geógrafa, ocupam as terras mais agricultáveis e áreas que deveriam ser de conservação permanente. “Tudo com a conivência dos governos, que atuam como facilitadores liberando plantios, autorizando o desvio de rios (como o Rio Doce) para abastecer a fábrica e liberando recursos via BNDES para os programas de expansão das empresas”, critica a geógrafa.
A boa notícia é que a mobilização social na região vem crescendo e já obteve vitórias significativas. Atualmente já são mais de 100 ONGs integrantes do movimento Rede Alerta contra o Deserto Verde, como é denominada a monocultura do eucalipto. Uma importante vitória foi ter conseguido impedir que a Aracruz obtivesse o selo FSC (do Conselho de Manejo Florestal). Para obter a certificação, a empresa precisa do aval das comunidades do entorno.
O preço da brancura
Matéria-prima básica da indústria do papel, a celulose é um material fibroso presente na madeira e nos vegetais em geral. No processo de fabricação, primeiro a madeira é descascada e picada em lascas (chamadas cavacos), depois é cozida com produtos químicos, para separar a celulose da lignina e demais componentes vegetais. O líquido resultante do cozimento, chamado licor negro, é armazenado em lagoas de decantação, onde recebe tratamento antes de retornar aos corpos d’água.
A etapa seguinte, e a mais crítica, é o branqueamento da celulose, um processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e clarear a pasta que será usada para fazer o papel. Até pouco tempo, o branqueamento era feito com cloro elementar, que foi substituído pelo dióxido de cloro para minimizar a formação de dioxinas (compostos organoclorados resultantes da associação de matéria orgânica e cloro). Embora essa mudança tenha ajudado a reduzir a contaminação, ela não elimina completamente as dioxinas. Esses compostos, classificados pela EPA, a agência ambiental norte-americana, como o mais potente cancerígeno já testado em laboratórios, também estão associados a várias doenças do sistema endócrino, reprodutivo, nervoso e imunológico.
Mesmo com o tratamento de efluentes na fábrica, as dioxinas permanecem e são lançadas nos rios, contaminando a água, o solo e conseqüentemente a vegetação e os animais (inclusive os que são usados para consumo humano).A Europa já aboliu completamente o cloro na fabricação do papel. Lá o branqueamento é feito com oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio, processo conhecido como total chlorine free (TCF). Já nos Estados Unidos e no Brasil, e em favor de interesses da indústria do cloro, o dióxido de cloro continua sendo usado.
Reciclagem
Reciclar papel e papelão não só ajuda a reduzir o volume de lixo como evita a derrubada de árvores. No Brasil, apenas 37% do papel produzido vai para a reciclagem. De todo o papel reciclado, 80% é destinado à confecção de embalagens, 18% para papéis sanitários e apenas 2% para impressão.
Segue algumas dicas de consumo
- Reduza o uso de papel (e de madeira) o máximo possível.- Evite comprar produtos com excesso de embalagem.- Ao imprimir ou escrever, utilize os dois lados do papel.- Revise textos na tela do computador e só imprima se for realmente necessário.- Dê preferência a produtos reciclados ou aqueles que trazem o selo de certificação do FSC.- Separe o lixo doméstico e doe os materiais recicláveis para as cooperativas de catadores. Saiba que 80% do papel que consumimos é na forma de embalagens.- Organize-se junto a outros consumidores para apoiar ações sócio-ambientais e pressionar o governo a fiscalizar empresas, criar leis de proteção ambiental e programas de incentivo à produção mais limpa e com controle de efluentes.- Use filtros, guardanapos de pano.
Proponho uma reflexão:
- Quantas folhas de papel você utilizou hoje? Quantas você jogou no lixo, ou viu outras pessoas jogando? E ainda, quantas você se deparou hoje que estão jogadas nas caixas ou nos cantos de seu local de trabalho que não são utilizadas?
Entender.
Refletir.
Mudar e
Agir.
Abraços
OBS.: As referencias e os dados informados foram em sua maioria retirados do site do IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumido – na aba – Revista do Idec On Line – serviços ambientais (nesta fonte é possível ler esta matéria completa e outras ainda).


www.reacaoambiental.com.br

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Biratan ecológico


Terra Terá Consumido No Sábado Todos Os Recursos Calculados Para Um Ano

Por Reação Ambiental


No próximo sábado, 21 de agosto, os habitantes da Terra terão esgotado todos os recursos que o planeta lhes proporciona no período de um ano, passando a viver dos créditos relativos ao próximo ano, segundo cálculos efetuados pela ONG Global Footprint Network (GFN).
De acordo com o estudo, “foram necessários 9 meses para esgotar o total do exercício, em termos ecológicos.
A GFN calcula periodicamente o dia em que vão se esgotar os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer por um período de um ano, consumidos pela humanidade, aí incluídos o fornecimento de água doce e matérias-primas, entre elas as alimentares.
Para 2010, a ONG prevê o ‘Earth Overshoot Day’, ou Dia do Excesso, numa tradução livre, no próximo sábado, significando que em menos de nove meses esgotamos o que seria o orçamento ecológico do ano, revela o presidente da GFN, Mathis Wackernagel.
No ano passado, segundo ele, o limite foi atingido no dia 25 de setembro, mas não é que o desperdício tenha sido diferente.
“Este ano revisamos os nossos próprios dados, verificando que, até então, havíamos superestimado a produtividade das florestas e pastos: exageramos a capacidade da Terra” de se regenerar e absorver nossos excessos.
Para o cálculo, a GFN baseia-se numa equação formada pelo fornecimento de serviços e de recursos pela natureza e os compara ao consumo humano, aos dejetos e aos resíduos – as emissões poluentes, como o CO2.
“Em 1980, a nossa “pegada ecológica” foi equivalente a tamanho da Terra. Hoje, é de 50 % a mais, insiste a ONG.
Assim, “se você gasta seu orçamento anual em nove meses, deve ficar provavelmente muito preocupado: a situação não é menos grave quando se trata de nosso orçamento ecológico”, explica Wackernagel. “A mudança climática, a perda da biodiversidade, o desmatamento, a falta de água e de alimentos são sinais de que não podemos mais continuar a consumir o nosso crédito.
Para inverter a tendência, é preciso “que a população mundial comece a diminuir” – um tabu que começa a ser desmistificado pouco a pouco entre os demógrafos e os defensores do meio ambiente, inclusive no seio das Nações Unidas.
“As pessoas pensam que seria terrível mas, para nós, representaria uma vantagem econômica. Mas é uma escolha”, comenta Wackernagel.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Logística Reversa É O Novo Desafio Para As Indústrias

Por reação ambiental
Olá amigos do Reação.
A partir de 03/08/10, um novo marco legal passou a nortear as relações de empresas e consumidores para a reciclagem industrial. Semana passada o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tramitou por quase 20 anos no Congresso Nacional.
Uma das principais inovações da lei é a chamada logística reversa, conjunto de ações para facilitar o retorno dos resíduos aos seus geradores para que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos. A lei também estabelece a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo.
Para a gerente de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Grace Pria, a logística reversa veio permitir a gestão mais eficiente do lixo. “Eu acho que, particularmente, para a indústria, a logística reversa é uma das maiores conquistas, pois ela conseguiu cravar a responsabilidade encadeada, desde a fabricação de um produto, até a destinação final”, declarou.
A nova lei determina que os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes terão de investir para colocar no mercado artigos recicláveis e que gerem a menor quantidade possível de resíduos sólidos. A mesma regra vale para as embalagens.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que, “com a aprovação da lei, o Brasil passa a ter um conjunto de instrumentos inovadores para a solução dos problemas do lixo no País”. De acordo com o ministério, a produção diária de lixo nas cidades brasileiras chega a 150 mil toneladas.
Apesar de ser uma ótima notícia, vamos acompanhar se o governo será capaz de fazer com que as indústrias façam a lição de casa e transformem a “teoria em prática” com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos.
É ver para crer.
Um forte abraço!

Biratan ecológico


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Brasil Pode Produzir Etanol De Milho

Por Reação Ambiental

O excedente de milho do Estado do Mato Grosso poderá ser destinado à produção de etanol nas próximas safras, como acontece hoje nos Estados Unidos. Uma máquina brasileira, que custa R$ 400 mil, é capaz de transformar sete mil quilos de milho por dia no combustível e deve ser a saída para produtores não perderem o plantio. Na próxima semana, uma usina na cidade de Campos de Júlio, a 600 quilômetros de Cuiabá , vai operar, em caráter experimental, com o álcool a partir do grão. Nesta semana, pesquisadores fazem testes técnicos em uma unidade em Tangará da Serra (MT). A ideia é instalar o equipamento em usinas de biodiesel.
A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), em pareceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal do Tocantins (TO), pesquisam o projeto. “Por enquanto, o passo é realizar testes técnicos com o equipamento. A máquina é brasileira, mas recebe tecnologia norte-americana, a qual será nacionalizada”, afirmou Marcelo Duarte Monteiro, diretor executivo da Aprosoja. De acordo com a entidade, após a fase de testes ainda há outras etapas a serem correspondidas: viabilidade econômica, impostos, tributação, licença ambiental e mercado.
Os produtores estão otimistas e já esperam poder produzir o etanol do milho na próxima safra.
Fonte: DCI – Diário do Comércio

segunda-feira, 2 de agosto de 2010